(Caio)
"... e seus olhos tinham a cor do mar. Tinham a cor exata de quem, por muito tempo, todas as horas, todos os dias de muitos meses e anos, olhou detidamente o mar, acompanhando o vôo das gaivotas, interrompendo-se em rochedos, nivelando-se ao movimento incessante das ondas. Verdes, de um verde movediço, entre o denso do vidro e o suave da hortelã recém-plantada, líquidos, como água móvel, interior da gruta, rasos de pedras claras, visíveis: os olhos vivos (...) me olhavam, molhados pela chuva, vértice de um novo movimento para onde eu convergia inteiro."
(Caio)
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