2 de mai. de 2010




Os meus rastros foram tudo que restou
da trilha que percorri na floresta de ti
Enquanto teus olhos negros não cessam de fitar-me
Eu, por dentro, tremo e derreto inteira

Apesar do breu destes teus olhos tão escuros,
eu me ilumino inteira e me reacendo
bastou o toque do teu breu sorridente
para que eu reaja e me torne luminescente

O vento vai ser um divisor de águas
Águas, destinos e caminhos trilhados
O vento vai evanescer teus passos
e anestesiar o vazio que aqui fica

E a cada noite, mentalmente, recorro à lembrança
da floresta de ti em que muito já me perdi
Mas não me resta mais nada senão o sopro do teu olhar partindo
O último toque, cheiro... e a tua pegada que o vento vai apagar

Um comentário:

Lipe Tavares disse...

Lindo Debora! Quando vc for publicar uma coletanea, quero um livro autografado, viu?
=P